10 de março de 2013

PEGADAS



Um grupo de mais de setenta pessoas junta-se na segunda-feira em Yirol, Estado de Lakes, no Sudão do Sul, para uma peregrinação a Santa Cruz, a missão a que Daniel Comboni mais cinco colegas do Instituto Mazza chegaram a 14 de Fevereiro de 1858. Um mês e meio depois, um dos membros da expedição morre e, a 15 de Janeiro de 1859, os sobreviventes, com grandes problemas de saúde, abandonam definitivamente a missão entre os Dinkas.
Não se sabe ao certo onde Santa Cruz era. Foi construía  na margem do Nilo Branco a 6º 40’ de Latitude Norte mas em 155 anos o rio mudou de curso. Há um lugar chamado Kenisa – Igreja, em árabe – que podia ser o lugar da missão mas o comboniano espanhol José Parladé está convencido depois de algumsa investigações junto da comunidade local que a missão seria em Pan Nhom, onde recentemente construiu uma capela.
A peregrinação a Santa Cruz sob o tema «Mil vidas para a missão… nas pegadas de São Daniel Comboni» insere-se no programa do Ano da Fé da Província comboniana do Sudão do Sul e os participantes – na maioria jovens – vêm das missões combonianas de Yirol, Mapuordit e Tali e também de Rumbek. Algumas missionárias e missionários também vão participar juntamente com os três pré-postulantes que começam a caminhada formativa em Abril.
A peregrinação é feita de camião – os primeiros dois dias – e a pé, o terceiro dia em que contamos dormir em Pan Nhom, ou Santa Cruz. Os peregrinos vão passar algum tempo a rezar e a conviver com os cristãos das capelas que se encontram a longo do percurso.
Os peregrinos vão rezar pela proteção, paz, justiça e reconciliação para o Sudão do Sul e do Sudão para um futuro comum e pacífico. Também vão rezar pelos 115 cardeais que vão escolher o novo papa.
A peregrinação a Santa Cruz foi planeada pela primeira vez em 2010 pelo falecido Bispo César Mazzolari de Rumbek – que queria erguer no local uma cruz comemorativa – mas foi adiada devido à insegurança provocada por rixas entre as comunidades Dinka e Nuer na zona.

Sem comentários: