24 de fevereiro de 2010

CAMPANHA


© PMartel & JVieira

A campanha política para as eleições gerais de 11 de Abril está já a aquecer os motores há mais de uma semana.
Candidatos à presidência da república (12) e à do Governo do Sul do Sudão (dois) mais aos 25 postos de governador (muitos) juntamente com milhares de pretendentes a um assento quer na assembleia nacional, na do sul do Sudão ou numa dos 25 estados já andam a tentar convencer o eleitorado da bondade dos respectivos programas.
As paredes de Juba já estão cheias de posters de candidatos em todas as formas e feitios!
Hoje foi a vez de Salva Kiir lançar a sua campanha para a presidência do Governo do Sul do Sudão.
Milhares de apoiantes reuniram-se no Mausoléu de John Garang para ouvir o candidato e as estruturas do SPLM enquanto um helicóptero sobrevoava a multidão com a bandeira do partido.
Claro que havia t-shirts a rodos com a foto do candidato!
A campanha ainda está no adro e os primeiros problemas começaram a aparecer.
Os membros do SPLM que decidiram candidatar-se como independentes porque foram preteridos pelo partido, queixam-se de perseguição por parte da segurança.
Alfredo Gore, um fundador do SPLM que decidiu disputar o governatorado de Equatória Central contra o candidato do partido, viu três dos seus agentes de campanha serem presos no sábado em Kajo Keji.
Também se queixou que as autoridades alfandegárias no aeroporto internacional de Juba confiscaram por algum tempo o material de propaganda que mandou imprimir em Nairobi, no Quénia.
Incidentes como estes multiplicam-se pelo sul com as autoridades locais a tomarem a lei nas próprias mãos apesar dos apelos do presidente Kiir para que todos os candidatos possam fazer campanha livres de entraves.
E os partidos queixam-se que nem todos têm acesso à TV e rádio públicas! E a procissão ainda vai no adro porque a campanha termina no princípio de Abril!
Entretanto, o Ministro da Informação prometeu que todos vão ter direito ao respectivo tempo de antena se entretanto se mexerem, porque a TV e a rádio do Sul do Sudão não vão às sedes de campanha.

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