28 de fevereiro de 2010

TEREKEKA



© JVieira
Hoje fui à missa a Terereka. A paróquia fica a uns 100 quilómetros a norte de Juba, hora e meia de viagem agradável numa estrada nova de terra batida.
Terekeka era uma guarnição militar árabe durante a guerra civil.
O Governador de Equatória Central era um senhor da guerra de Terekeka e combatia ao lado dos árabes contra os sulistas.
Depois do Acordo Global de Paz de 2005 aceitou que os seus soldados fossem absorvidos pelas tropas do sul a troca do posto de governador.
A estrada entre Juba e Terekeka corre ao longo da savana. Não há muito para ver: vegetação rasteira e árida com uma árvore aqui e ali. E imensas manadas de vacas.
O terreno é arenoso, propício para a cultura de amendoim. Terekeka é famosa pelo amendoim que produz.
Os Mundari são o povo natural de Terekeka. Pastores, combativos, aguerridos, marcam-se com escoriações profundas na testa em forma de V. Por causa das vacas travam lutas constantes com os vizinhos Dinkas. As duas comunidades dedicam-se a roubar gado uma à outra.
Os combonianos chegaram a Terekeka nos anos 50. Hoje a missão cresceu e tem mais de 80 capelas. A igreja tornou-se pequena e os alicerces do novo templo já estão quase prontos.
A comunidade é dirigida por dois padres: o padre Santo, quarentão, pároco, um pensador que admiro. E o padre Ercolano, ordenado há quatro meses, um jovem entusiasta que estudou teologia em Itália.
Dedicam-se a visitar as comunidades e ficam três ou quatro dias em cada uma para aprofundarem a formação dos cristãos.
O padre Santo já sobreviveu a três emboscadas. Terekeka fica longe de Juba e o banditismo impera!
Gostei muito da Eucaristia. Os Mundaris falam Bari. As canções eram muito bonitas, com um ritmo contagiante que põe todo o corpo a louvar o Senhor. Não conseguia estar quieto. E com montes de incenso!
As pessoas vestem bem, sobretudo as jovens: vê-se que Terekeka é um centro urbano perto de Juba.
O padre Ercolano recebeu-nos muito bem, porque não é normal que alguém venha de Juba para partilhar a Eucaristia com a paróquia de Terekeka.
E para a próxima que levar-me a uma capela para eu – como ele disse – ver uma comunidade de gente selvagem (sic)! Ele é Bari e olha os Mundaris com algum desdém!
Agora só me falta ir a Líria e a Rokon para terminar o ciclo das paróquias-missões da arquidiocese de Juba.

26 de fevereiro de 2010

FRIENDSHIP


This freedom from being bound enables us to make good relationships, friendships. The capacity for relationship, the capacity for having good friends, is an essential part of health. And for the Greeks this capacity for friendship in particular is essential for the image of the beautiful and good person.
Anselm Grün in Jesus the Image of Humanity

TI FLORA

Querida Tia Flora,
Hoje foi a sua vez de regressar à Casa do Pai.
A morte chegou sem avisar: 78 anos, cinco dias de hospital com complicações cardíacas e renais. E partiu.
Ti Flória (como a chamávamos):

Estou longe de Cinfães, não vou estar fisicamente no seu funeral, mas vou até lá nas asas da oração e da missa que vou celebrar pelo seu eterno descanso.
Você foi das primeiras pessoas que me viu quando eu nasci. Tinha – e tenho – um carinho especial por si. Da sua alegria, do modo como lutava juntamente com o ti Manel para criar os cinco primos. Das nossas conversas quando eu ia visitá-los durante as férias.
A sua vida foi uma luta, mas agora está na Paz de Deus. Goze-a e reze por nós.

25 de fevereiro de 2010

GREAT WALL

The Great Wall was only a metaphor – a symbol and a sign, the coat of arms and the escutcheon of what had been a nation of walls for millennia. The Great Wall demarcated the empire’s northern borders; but walls were also were also erected between warring principalities, between regions and even neighbourhoods. The structures defended cities and villages, passes and bridges. They guarded palaces, government buildings, temples, and markets. Barracks, police stations, and prisons. Walls encircled private homes, separate neighbour from neighbour, family from family. If one assumes that the Chinese built walls uninterruptedly for hundreds, even thousands of years, and if one factors in the population – enormous throughout the national history – their dedication and devotion, their example of discipline and antlike purposefulness then one reckons with hundreds upon hundreds of millions of hours spent building walls, hours which in this poor country could have been spent learning to read, acquiring a profession, cultivating new fields, and breeding robust cattle.

This is how the world’s energy is wasted. In complete irrationality! Complete futility! For the Great Wall – and it is gigantic, a wall fortress, stretching for thousands of kilometres through inhabited mountains and wilderness, an object of pride and one of the wonders of the world – it is also proof of a kind of human weakness, of an aberration, of a horrifying mistake: it is evidence of a historical inability of people in this part of the planet to communicate, to confer and jointly determine how best to deploy enormous reserves of human energy and intellect.

Ryszard Kapuściński in Travels with Herodotus

24 de fevereiro de 2010

CAMPANHA


© PMartel & JVieira

A campanha política para as eleições gerais de 11 de Abril está já a aquecer os motores há mais de uma semana.
Candidatos à presidência da república (12) e à do Governo do Sul do Sudão (dois) mais aos 25 postos de governador (muitos) juntamente com milhares de pretendentes a um assento quer na assembleia nacional, na do sul do Sudão ou numa dos 25 estados já andam a tentar convencer o eleitorado da bondade dos respectivos programas.
As paredes de Juba já estão cheias de posters de candidatos em todas as formas e feitios!
Hoje foi a vez de Salva Kiir lançar a sua campanha para a presidência do Governo do Sul do Sudão.
Milhares de apoiantes reuniram-se no Mausoléu de John Garang para ouvir o candidato e as estruturas do SPLM enquanto um helicóptero sobrevoava a multidão com a bandeira do partido.
Claro que havia t-shirts a rodos com a foto do candidato!
A campanha ainda está no adro e os primeiros problemas começaram a aparecer.
Os membros do SPLM que decidiram candidatar-se como independentes porque foram preteridos pelo partido, queixam-se de perseguição por parte da segurança.
Alfredo Gore, um fundador do SPLM que decidiu disputar o governatorado de Equatória Central contra o candidato do partido, viu três dos seus agentes de campanha serem presos no sábado em Kajo Keji.
Também se queixou que as autoridades alfandegárias no aeroporto internacional de Juba confiscaram por algum tempo o material de propaganda que mandou imprimir em Nairobi, no Quénia.
Incidentes como estes multiplicam-se pelo sul com as autoridades locais a tomarem a lei nas próprias mãos apesar dos apelos do presidente Kiir para que todos os candidatos possam fazer campanha livres de entraves.
E os partidos queixam-se que nem todos têm acesso à TV e rádio públicas! E a procissão ainda vai no adro porque a campanha termina no princípio de Abril!
Entretanto, o Ministro da Informação prometeu que todos vão ter direito ao respectivo tempo de antena se entretanto se mexerem, porque a TV e a rádio do Sul do Sudão não vão às sedes de campanha.

COMPANHIA

© JVieira
Desde há uma semana que tenho uma companhia lusa na comunidade de Juba. Trata-se do Ir. António Nunes.
O António tem 38 é de Vila do Conde, mas nasceu em Niterói, no Brasil.
Chegou ao Sul do Sudão há três anos. Enfermeiro de profissão, foi destinado ao Hospital de Mapuordit, na diocese de Rumbek.
Agora chegou a vez de se mudar para Juba com armas e bagagens para exercer o cargo de Ecónomo Provincial.
Bem-vindo, companheiro!

23 de fevereiro de 2010

MONTES NÚBIOS





Os Montes Núbios são uma zona de colinas no sul do estado sudanês do Cordofão do Sul.

Uma área remota e subdesenvolvida onde as pessoas praticam uma agricultura de subsistência e criam vacas, cabras e ovelhas.

Durante a guerra civil de 1984 a 2005 os Montes Núbios foram um dos focos mais intensos da guerra. As populações locais apoiavam os rebeldes do Sul (SPLA) e sofreram bombardeamentos constantes. Muitos refugiaram-se nas cavernas dos montes.

Os dividendos da paz teimam em chegar aos montes Núbios. A área não tem estradas e os acessos são muito precários e intransitáveis durante a estação das chuvas.

Em cinco anos, as autoridades iniciaram a construção de um pequeno hospital e uma escola secundária e uma ONG norueguesa fez algumas melhorias na pista de terra do aeródromo – tudo em Kauda.

A Igreja católica desenvolve uma acção preponderante na área: duas paróquias, uma rede de escolas com dois mil alunos matriculados, um hospital com serviço operatório e de internamento que atende 18 mil pacientes por ano e uma estação de rádio.

Os Núbios são um povo tranquilo e simpático: as mulheres cobrem-se com panos garridos.

A vida social roda em torno do mercado – para compras e para beber merissa com os amigos, cerveja local feita de sorgo.

O SPLM decidiu boicotar as eleições nos Montes Núbios. Não concorda com o número de círculos eleitorais que diz não representar proporcionalmente a população.

Os círculos eleitorais foram demarcados a partir dos resultados do recenseamento de 2008. O exercício deixou de fora vastas áreas dos montes núbios, inacessíveis durante as chuvas.

18 de fevereiro de 2010

DE VOLTA

Lua Nova sobre Guidel © JVieira
Estou de volta a Juba depois de uma das semanas mais rápidas da minha vida. Os meus dias em Guidel, nos Montes Núbios, passaram a uma velocidade supersónica. Muitas tarefas a fazer juntamente com o encanto de um cenário mágico. Sobretudo à noite onde o silêncio e as estrelas sobressaíam. E gente linda!
Adorei.
Juba estes dias está menos quente, mas o me quarto parece que foi atacado pelo Habub, a tempestade de areia do deserto tal era o pó acumulado durante uma semana de ausência.

10 de fevereiro de 2010

ATÉ JÁ

© JVieira

Amanhã viajo para Gidel, nos Montes Nuba, onde durante uma semana vou ajudar o técnico italiano a mudar as antenas da Rádio Voz da Paz para o cimo da montanha e introduzir o pessoal nas técnicas de recolha e processamento de informação. Uma oportunidade que caiu do céu e que recebi com as duas mãos.
Atá já, então!

CAMPANHA

Anne Itto, secretária geral adjunto do SPLM para o Sector d o Sul em plena pré-campanha

A campanha eleitoral para as eleições gerais de 11 de Março começa no sábado e promete ser renhida.
Pelo menos 2879 candidatos registaram-se para concorrer para a Assembleia Nacional ou do Sul do Sudão.
Os candidatos disputam 620 lugares: 450 em Cartum e 170 em Juba, o que dá uma média de mais de quatro pretendentes por assento parlamentar.
Os partidos apresentaram 1958 candidatos para a assembleia nacional e 396 para a regional e 418 independentes concorrem para Cartum e 107 para Juba.
A corrida para governador vai ser bem mais renhida: 196 candidatos vão tentar ocupar os 25 postos de governador, 145 nas listas partidárias e 51 independentes.
Para a presidência da república há 12 candidatos: 11 homens e pela primeira vez uma mulher. Vai ter que haver uma segunda volta para a presidência com certeza.
Dois cidadãos apresentaram as respectivas candidaturas para a presidência do Governo do Sul do Sudão: o presidente Salva Kiir Mayardit, do SPLM, e o Dr. Lam Akol, que deixou o SPLM e criou o SPLM-DC (o DC significa Mudança Democrática inglês) mas não há qualquer dúvida que o persidente Kiir vai vencer.

SAÚDE

A Escola Católica de Saúde reabriu na quinta-feira em Wau depois de um interregno de mais de 25 anos devido à guerra civil.
O Bispo de Wau, Dom Rudolf Deng Majak, benzeu a parte restaurada da escola numa cerimónia que contou com a presença do Ministro da Saúde do estado de Bahr el Ghazal do Oeste, pessoal docente, alunos e convidados.
O grupo Solidariedade com o Sul do Sudão assumiu o compromisso de reabilitar as instalações e dirigir a escola de saúde.
Cerca de 20 alunos de todo o país estão a fazer seis meses de introdução para começarem o curso de enfermagem que dura quatro anos.
Até agora parte do edifício principal foi recuperada para acolher as salas de aulas e diversos laboratórios. Os alunos também têm dormitórios novos.
Durante este ano o resto do edifício vai ser recuperado e o pessoal vai ter instalações próprias.
Entretanto, a biblioteca está a ser montada de novo.
Durante a guerra a Escola foi ocupada por refugiados que utilizaram livros e todo o tipo de madeiras do edifício para fazerem lume.
No futuro a escola vai diversificar oferecendo outros cursos.
Solidariedade com o Sul do Sudão é uma organização de cerca de 100 institutos católicos masculinos e femininos que puseram em comum meios humanos e financeiros em favor do desenvolvimento da região.
Neste momento além da Escola de Saúde de Wau, também têm dois cursos de formação para professores primários em Malakal e Rimenzi. O terceiro vai abrir em Torit.
Este ano o grupo conta iniciar uma presença pastoral no sul do Sudão.

7 de fevereiro de 2010

NEEDS

For human beings, the more powerful need is not for sex per se, but for relationships, for intimacy, acceptance and affirmation.
Rollo May in Love and Will

6 de fevereiro de 2010

SETE

Hoje a Rádio Don Bosco emitiu pela primeira vez em Tonj, estado de Warrap e diocese de Rumbek, elevando para sete o número de estações da Rede Católica de Rádios do Sudão no ar.
Como o nome indica, a Don Bosco é uma iniciativa dos salesianos que decidiram aderir à rede católica.
O director da estação, Pe. Cyril Odia, disse que a estação vai operar em inglês, Dinka, Bongo, Jur e Árabe.
A Don Bosco junta-se à Bakhita, que iniciou as emissões a 24 de Dezembro de 2006 em Juba, Voice of Peace nos Montes Núbios, Voice of Love de Malakal e Emmanuel de Torit, no ar desde 2009, e Easter de Yei e Good News de Rumbek, que nasceram em Janeiro.
A cadeia tem ainda uma redacção, que dirijo, um centro de formação para jornalistas e apresentadores, um departamento de produção para programas comuns e uma um portal na net:
www.sudancatholicradio.net.

4 de fevereiro de 2010

CINQUENTA

Vivi os últimos 25 anos sob o tema «tudo posso nAquele que me sustém» (Fil 4,13) e tenho-me dado muito bem com isso.
Ele levou-me até à Etiópia, trouxe-me para o sul do Sudão, pôs gente encantadora no meu caminho que me deu carinho, amor, significado.
Sou feliz e vivi bem e integralmente.
É certo que os olhos vêem pior, os joelhos não ajudam, os ouvidos estão mais duros, os dentes são menos, a barriga cresceu - mas tudo bem.
Vivi 50 anos bem vividos!
E nós somos como as velas: temos que nos gastar para alumiar.
Só me resta agradecer à vida que me deu tanto.
Um bem-haja sentido aos meus pais, familiares, colegas combonianos e combonianas e amigos.
E sobretudo ao bom Deus por todo o amor que recebi e pelo amor que dei.
Obrigado a tod@s que me mandaram os parabéns hoje.
À noite vamos ter festa. Andei a coleccionar umas garrafitas de tinto e uma de porto. O casal polaco faz a janta, a irmã Sandra fez dois bolos, eu fiz aletria e comprei gelado.
Porque só se celebra 50 anos uma vez!

3 de fevereiro de 2010

ORÇAMENTO

Os membros da Assembleia Legislativa do Sul do Sudão aprovaram hoje o orçamento para 2010 e os militares levam a parte de leão como já é costume.
O projecto tinha entrado na «augusta casa» em Outubro, mas desde antes do Natal que o quórum tem andado pelas ruas da amargura! Primeiro foi o recenseamento eleitoral, depois as festas natalícias, entretanto iniciou-se o processo de elaboração de listas de candidatos...
O orçamento prevê despesas na ordem dos 4,5 biliões de libras sudanesas, cerca de 1,3 biliões de Euros e as entradas vêm sobretudo da exploração de petróleo.
1,2 biliões vão para o ministério da defesa para pagar salários e pouco mais.

Um deputado justificou que além de ser uma máquina de guerra (sic), o SPLA também está a manter a lei e a ordem no sul do Sudão e os garbosos soldados para se manterem moralizados precisam dos salários. Aliás como toda a gente.
O Ministério das Estradas e Transportes recebe 463 milhões, o Interior leva 382 milhões e a Educação 323.5 milhões. Tudo em libras sudanesas, claro está.
O Ministério da Saúde foi contemplado com 182 milhões, muito menos que a Assembleia Legislativa regional que pode gastar até 204,6 milhões apesar de tecnicamente ter que fechar pelo menos até às eleições de 11 de Abril.
A boa notícia é que a Central Eléctrica de Juba vai receber uma verba de 20 milhões para tentar estabilizar o fornecimento de energia à cidade.
A administração prometeu que este mês vai pôr a funcionar mais quatro geradores duplicando a produção de electricidade. Os outros quatro estão no activo desde o ano passado.
Os deputados recordaram que cabe aos estados pagar as despesas das centrais eléctricas e que não devem fornecer energia de borla! Em Juba por causa das coisas começaram a instalar contadores que funcionam com cartões recarregáveis pré-pagos!

2 de fevereiro de 2010

FLORES


DARFUR

No Sul do Sudão as coisas não vão tão fáceis de decifrar. Mas aqui no Darfur as notícias dos que têm língua e microfone para chegar longe convencem o mundo de que a guerra parou.
Enrolam-se com conversações em Doha. Sem falarem, porém dos janjauides. Mas estes ficaram e estão bem vivos, "trabalhando" a sério nas estradas e não só. Quem não lhes paga além do bilhete do meio de transporte é uma pessoa morta. E não o fazem às escondidas, absolutamente. E ninguém de autoridade pia. Será uma regra que ficou para a posteridade? Golpe de estado precisa-se antes mesmo de se falar em eleições.
Claro que tu é que sabes disso e muito mais, mas permite-me que tas tenha dito também eu porque o pote está a extravasar. Numa palavra, a insegurança aumenta cada vez mais, pelo menos para quem tem que viajar por terra. Os grandes que vêm visitar o Darfur claro que não vêem nada disto e nem querem que vejam.
Mas parece que morrem mais desse lado do Sul do que no Darfur, e então há que acudir e falar e mostrar que é do Sul que se está a cuidar. E acho bem e justo. Desejo-vos coragem e sucesso aos do Sul.
Bem, e agora vamos ao trabalho da reunião dos catecúmenos que também não são muitos porque vão e vêm à procura do norte, que procuram viajando para o Sul, o qual também não os convence. E afecta toda a vida deles, toda, claro: a psiché, a alma, o espírito, e tudo isto carrega no zé corpinho ou burrinho que está condenado a transportar tudo, até quando puder...

Desabafo de um colega em Nyala, Darfur