5 de março de 2007

A ponte

Desde que parte do tabuleiro que dá acesso a Juba ruiu sob o peso de um camião de cimento em Dezembro, atravessar o Nilo Branco tornou-se mais complicado. A circulação faz-se só por uma via para quem entra e para quem sai da cidade. A ponte não é muito comprida e apesar de intenso, o tráfico parece fácil de gerir. Excepto quando as autoridades entram em conflito!
O movimento de viaturas é controlado pela polícia de trânsito, mas a ponte é vigiada por soldados por ser um alvo militar. Meter polícias e tropas em exercício simultâneo de autoridade, é pedir confusão pela certa. Como ontem aconteceu!
Dirigia-me para Gumbo atrás de um camião. Parámos em frente do posto da polícia. O agente, fardado de branco, mandou-nos avançar. Espreitei pelo lado do camião para me certificar se a via estava livre. Não havia viaturas do outro lado.
Quase no final da travessia do rio, o camião à minha frente engrenou a marcha-atrás. E aparece um soldado esbaforido a esbracejar para recuarmos.
Quando regressei ao lugar do polícia de branco, perguntei-lhe qual era o problema. Furioso, explicou que um dos grandes da tropa decidiu atravessar a ponte e obrigou o trânsito a recuar para sua excelência passar.
Os militares em Juba são mesmo um desatino!

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